28 abril 2006




solidão é lava
que cobre tudo

amargura em minha boca
sorri seus dentes de chumbo



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.
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como é a vida.
justo hoje, um dia nublado dentro de mim, pego um ônibus (de uma linha que nunca pego, em um horário que nunca pego) e o cobrador consegue rasgar um sorriso resplandecente no meu rosto com um dos "bom dia!" mais sinceros que já ouvi.

a gentileza ainda vai salvar o mundo.



 


.: Mirana soprou às 11:27 :. .: 0 ventos alheios :.

 

27 abril 2006




Crescer é perigoso


Acabei de fazer minha primeira declaração de Imposto de Renda na vida (a de isento não conta!).

A dúvida agora é: o que fazer com a milionária restituição a receber?
Comprar o tão sonhado MP3 player ou abater da minha dívida?
Pleasure or responsability?

De novo, é a mesma encruzilhada.



 


.: Mirana soprou às 16:43 :. .: 0 ventos alheios :.

 

25 abril 2006




A casa com que sonhei tinha cor de terracota e um páteo central, rodeado de portas de madeira estreitas e altas. Crianças correndo, uma cozinha com fogão de lenha, um círculo de fogueira e uma fonte, roupas de algodão no varal e sonhos cultivados com esmero, junto de pés frondosos de manjericão.

Todas as manhãs o cheiro de pão.
Todas juntas. Um clã de mulheres e homens redefinindo o sentido de "família".

E eu não sei se na semana que vem terei um celular novo, com câmera e tudo, ou se vou mesmo é morar numa comunidade hippie.



 


.: Mirana soprou às 16:52 :. .: 0 ventos alheios :.

 

 


Mirana é uma existência efêmera nesse planeta, e isso a perturba um pouco, mas antes isso do que ser eterna. É relações públicas, finalmente graduada, enquanto deseja secretamente ser escritora de guias de viagem e/ou acrobata. Para viver precisa freqüentemente ler bons livros e dançar. Tem uma mãe sazonal, uma irmã essencial e um pai de quem não ouve mais falar, e vive bem assim, obrigada. É preguiçosa crônica, em tratamento, e tem apresentado sintomas claros de dependência do seu iPod. Guarda duas dúzias de pessoas no coração, e sempre se arrepende quando deixa passar muito tempo sem vê-las. Ama contemplar longamente o pôr-do-sol, o mar e a chuva. Já quis ter 42 anos, hoje vive bem com seus 30, mesmo se sentindo às vezes uma adolescente ingênua e espevitada, às vezes uma velha cansada e rabugenta. Tem TPM, mas nega até a morte. Vive em guerra com a balança e é preciso admitir que anda perdendo as últimas batalhas. Pretende ainda ter gatos e filhos, mas no momento declina da resposabilidade pela vida de outros. Veio ao mundo com uma missão pessoal e intransferível: ser feliz.




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