30 agosto 2006




Boas, ótimas perspectivas no trabalho.
Tão boas que me dá medinho.

Tô virando gente grande.




 


.: Mirana soprou às 16:49 :. .: 0 ventos alheios :.

 

28 agosto 2006




.: Correspondências :.

Estava escrevendo um email, desses que a gente começa e não tem certeza de onde vai chegar. Durante esse email, por causa desse email, a propósito desse email, enfim, eu descobri uma coisa que eu já sabia mas nunca tinha me contado.


"É uma contradição ingrata que me acompanha, desde sempre. Ao mesmo tempo que tenho um impulso constante de isolamento, de buscar a solidão e encontrar espaços vazios e silêncio para estar simplesmente comigo, a experiência me mostra que me entregar totalmente a essa vontade não é bom. Porque parece que há duas espirais centrípetas dentro de mim: uma cheia de luz, um caminho de auto-conhecimento que eu vou, com prazer, trilhar pro resto da vida. Mas eu tenho também uma anti-espiral, como a anti-matéria. Um buraco negro do qual eu nunca vejo o fundo.

Já explorei tudo o que consegui dele, e nunca chego ao fim. Acho que ele é infinito. E quanto mais longe já andei por ele, e mais ele me puxa, quando me dou conta estou no meio de um breu cego chamado depressão. E eu consigo achar o caminho da volta, e retorno pro sol da superfície, e então depois de um tempo - como um zumbido, uma vibração surda - ele me chama e me tenta (só mais uma vez) a buscar descobrir o que há lá no fundo. É esse o momento que estou agora. Na porta da caverna, com uma tocha, espiando lá dentro. Será que entro ou não entro? Sei que todas as outras vezes que me entreguei a esse escuro me arrependi, mas a lembrança parece distante e indolor como se não tivesse acontecido comigo, como se fosse um conselho de alguém que eu preferia que não estivesse certo...

E é sempre nesses impulsos contraditórios, de encontros e isolamentos, alegria e tristeza, liberdade e solidão, que eu vou caminhando. Cedendo a um, ou a outro, evoluindo e involuindo, vou andando como uma espiral.

Até pouco tempo atrás achava que isso era uma 'doença', um mau hábito, uma confusão que deveria ser assepticamente resolvida, para que eu passasse a caminhar em linha reta como fazem as pessoas 'normais' do mundo. Hoje eu aceito mais que é esse meu padrão, é assim que eu sou, e passo menos tempo tentando lutar contra isso, e mais aprendendo a ser feliz comigo."




É quando você descobre alguns deuses que eles te descobrem também. Foi outro dia que ouvi falar de Éris, a deusa da Discórdia, que também parece abençoar o Caos e suas filhas gêmeas prediletas, as Coincidências.

Pois bem, desde que eu soube o nome de Éris e ela descobriu o meu, tem alguns percursos curiosos que se apresentam pra mim. Esse maravilhoso post da Claudia, por exemplo, que me salta aos olhos logo depois de enviar esse email:


"quem se arrisca te belisca
Como eu ou você, centenas. Centenas de medos, perguntas, respostas ensaiadas pra impressionar. Centenas que precisam de todos os sins, retendo o futuro para o presente esfacelar. Como eu ou você, buscando garantias, atestados verbais, promessas em sangue, pactos irrevogáveis, centenas. De olho no seguro, de vida, saúde, aposentadoria precoce, pecúlios. Pagando apólices contra incêndios, vendavais, desastres naturais. Tudo carimbado e protocolado em cartórios emocionais, se agarrando ao fio do bigode, amarrado ao juro por Deus, à palavra de honra que só honra os medos, justo o que não é preciso assinar. Canja de galinha e dinheiro no bolso se ocupa de quem não tem àgua na boca. Centenas de tolos, como você ou eu, presos na seta do cupido pensando que a firmeza está no pulso e é aí mesmo que escorrega. Esperando que se organizem papéis, que tudo seja pra sempre e rezando que não exista quem se atreva a te fazer vacilar, centenas. Dormir embalado de certezas, acordar desdenhando desafios. Represar a vida. Estagnar. Não trocar o certo pelo duvidoso como se o certo duvidoso não fosse. Quem se arrisca, te belisca. Mais vale um pássaro na mão que dois voando. E ninguém voa. Centenas. Pena."




Seguido de uma frase no perfil de um completo estranho que me adiciona no orkut:

"o que está pronto é o que está morto".



 


.: Mirana soprou às 12:32 :. .: 0 ventos alheios :.

 

25 agosto 2006




Eu, Mirana, parte visível e invisível, homem par, tenho muitos sobrenomes que vieram de todos os lugares.

Eu também sou Estamira.




 


.: Mirana soprou às 13:05 :. .: 0 ventos alheios :.

 

20 agosto 2006




.: Redescobrindo Mirana :.

Amo esse disco.





"...
There is a girl in New York City
Who calls herself the human trampoline
And sometimes when I'm falling, flying
Or tumbling in turmoil I say
Woah, so this is what she means
She means we're bouncing into Graceland
And I see losing love
Is like a window in your heart
Everybody sees you're blown apart
Everybody feels the wind blow
..."


Ouvir agora, alguém que eu não conheço cantando, há 20 anos atrás, o que você vai sentir hoje.






 


.: Mirana soprou às 12:07 :. .: 0 ventos alheios :.

 

19 agosto 2006




... e tem uma frase que não me sai da cabeça:

O caminho a seguir é deixar morrer
O caminho a seguir é adentrar o vazio...









Há meses eu prefiro não sentir
Há meses você prefere não ouvir



 


.: Mirana soprou às 23:52 :. .: 0 ventos alheios :.

 

17 agosto 2006




Repararam que estamos numa boa safra de laranjas?

Nas últimas semanas todos os sucos de laranja que eu peço, em várias partes da cidade, estão sempre divinos. Docinhos, fresquinhos, pouco ácidos e saborosos.

Você também ou eu ando com sorte?



 


.: Mirana soprou às 10:05 :. .: 0 ventos alheios :.

 





Estou lendo um texto de psicologia (mais um, mais um, e ainda faltam tantos...!) que diz que a liberdade é o hiato entre o surgimento de uma pulsão definida e a ação para a sua realização. As várias possibilidades de ação do homem (e da mulher, oras) pra alcançar o que quer ou precisa.

Estou ouvindo a Janis e ela grita que liberdade é só mais uma palavra para 'nada mais a perder'.



 


.: Mirana soprou às 10:00 :. .: 0 ventos alheios :.

 





You come in cold,
You're covered in blood.
They're all so happy you've arrived.
The doctor cuts your chord.
He hands you to your mom.
She sets you free into this life.
And where do you go with no destination, no maps to guide you.
Wouldn't you know that it doesn't matter, we all end up the same.

These are the chronicles of life and death and everything between.
These are the stories of our lives, as fictional as they may seem.
You come in this world, and you go out just the same.
Today could be the best day of your life.

And money talks in this world,
Thats what idiots will say
But you'll find out that this world,
Is just an idiots parade
Before you go, you've got some questions.
And you want answers
But now you?re old, cold, covered in blood,
right back to where you started from

These are the chronicles of life and death and everything between.
These are the stories of our lives, as fictional as they may seem.
You come in this world, and you go out just the same.
Today could be the worst day of your life.

But these are the chronicles of life and death and everything between.
These are the stories of our lives, as fictional as they may seem.
You come in this world, and you go out just the same.
Today could be the best day of,
Today could be the worst day of,
Today could be the last day of your life.
It's your life, your life.




(Não sei de quem é. Achei no perfil da Julinha no Orkut. Perguntem pra ela.)



 


.: Mirana soprou às 09:58 :. .: 0 ventos alheios :.

 

09 agosto 2006




.: Imitation Of Life :.


[...]
You want the greatest thing
The greatest thing since bread came sliced
You've got it all, you've got it sized

Like a Friday fashion show teenager
Freezing in the corner
Trying to look like you don't try

That's sugarcane that tasted good
That's cinnamon that's Hollywood
C'mon c'mon no one can see you try

No one can see you cry

That's sugarcane that tasted good
That's freezing rain that's what you could
C'mon c'mon no one can see you cry

This sugarcane
This lemonade
This hurricane, I'm not afraid
C'mon c'mon no one can see me cry
This lightning storm
This tidal wave
This avalanche, I'm not afraid
C'mon c'mon no one can see me cry

That's sugarcane that tasted good
That's who you are, that's what you could
C'mon c'mon no one can see you cry

That's sugarcane that tasted good
That's who you are, that's what you could
C'mon c'mon no one can see you cry



 


.: Mirana soprou às 23:26 :. .: 0 ventos alheios :.

 

07 agosto 2006




.: O dia em que meu inconsciente fez 'olé' :.

O PCC faz mais ataques à cidade. E meus sentimentos reprimidos resolvem burlar toda a ordem estabelecida aqui. Revoluções por minuto, dentro e fora.





Eu te quero só pra mim
Como as ondas são do mar
Não dá pra viver assim
Querer sem poder te tocar
(Grupo Revelação)





Eu te quero só pra mim, você mora em meu coração
Não me deixe só aqui, esperando mais um verão
Te espero meu bem, pra gente se amar de novo
Mimar você, nas quatro estações relembrar
O tempo que passamos juntos, bem bom viver
Andar de mãos dadas, na beira da praia
Por esse momento eu sempre esperei
(Timbalada)






Eu te quero só pra mim
Te quero sim só pra mim
Se você quiser...
Sou tão egoísta, sim
Te quero só pra mim
Se você quiser...
(Wanessa Camargo)





Tudo que eu quero é você
Eu te quero só pra mim, agora e sempre até o fim
Você me completa, é tudo o que eu sempre quis
Você me satisfaz, com você quero muito, muito mais
É o prazer que aquece o meu corpo
Se estou com você não penso em nada mais
Só sinto que sou mais feliz
(Quiver)



 


.: Mirana soprou às 13:39 :. .: 0 ventos alheios :.

 

04 agosto 2006




hoje tive o sonho mais lindo, gostoso, fofo e meigo da temporada.

eu estava amamentando pela primeira vez.
minha filha era um bebezinho lindo, branquela como eu e com traços delicados, olhos azuis redondinhos.
chamava-se michelle, por escolha própria dela; porque eu não tenho nada contra o nome, mas nunca pensaria em escolhê-lo pra minha prole.
ah sim - ela conversava comigo, e me contava quais os jeitos de segurá-la que ela mais gostava, e comentava que o leite estava gostoso. também me mandava não conversar com outras pessoas enquanto ela estava comendo, que assim ela nunca ia conseguir adormecer mamando.

a gente bem vê que uma filha assim zen, relax, nem em sonhos eu consigo, né? mais uma mulher voluntariosa na minha vida...!

é assim que o relógio biológico da pessoa começa a apressar as coisas, sabe?
de repente o plano de rodar o mundo com uma mochila, de cair na estrada livre leve e solta, começa a parecer tão sem-propósito perto de ser mãe e constituir família.



 


.: Mirana soprou às 09:27 :. .: 0 ventos alheios :.

 

01 agosto 2006






"Sento-me no negrume da noite da Lua Nova
com meus cães na encruzilhada,
para onde convergem três dois caminhos,
o lugar da escolha. [...]

[...]A escolha cria finais.
E todo início vem de um final na encruzilhada. [...]

[...]O Caminho a escolher é adentrar o vazio
O Caminho a escolher é deixar morrer
O Caminho a escolher é voar livre"

(Amy Sophia Marashinsky
Sutilmente surrupiado do fundo do baú dos arquivos dela.)



 


.: Mirana soprou às 13:17 :. .: 0 ventos alheios :.

 

 


Mirana é uma existência efêmera nesse planeta, e isso a perturba um pouco, mas antes isso do que ser eterna. É relações públicas, finalmente graduada, enquanto deseja secretamente ser escritora de guias de viagem e/ou acrobata. Para viver precisa freqüentemente ler bons livros e dançar. Tem uma mãe sazonal, uma irmã essencial e um pai de quem não ouve mais falar, e vive bem assim, obrigada. É preguiçosa crônica, em tratamento, e tem apresentado sintomas claros de dependência do seu iPod. Guarda duas dúzias de pessoas no coração, e sempre se arrepende quando deixa passar muito tempo sem vê-las. Ama contemplar longamente o pôr-do-sol, o mar e a chuva. Já quis ter 42 anos, hoje vive bem com seus 30, mesmo se sentindo às vezes uma adolescente ingênua e espevitada, às vezes uma velha cansada e rabugenta. Tem TPM, mas nega até a morte. Vive em guerra com a balança e é preciso admitir que anda perdendo as últimas batalhas. Pretende ainda ter gatos e filhos, mas no momento declina da resposabilidade pela vida de outros. Veio ao mundo com uma missão pessoal e intransferível: ser feliz.




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